quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

eu fiz o pacto e sangrei sozinha.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

nina-nina little star.





você é linda como eu nunca vou ser.
tem olhos de chocolate
e cabelo de açúcar.
toda vez que eu vejo uma estrela cadente
eu fecho os olhos
e aperto os dentes, pedindo:
querida querida estrelinha,
quando eu crescer
eu quero ser
igual a nina.
mas eu sei que não dá
porque você é única
e eu não queria mesmo
que existisse outra
como você.
portando, nina-nina
não chore mais,
apesar de ficar mais linda chorando,
não chore mais.
porque se você se afoga
eu não vou poder te salvar
mesmo que eu aprenda a nadar de novo
caso você precise.
eu te amo tanto
que as flores temem
me amar tanto assim.


domingo, 27 de janeiro de 2008

eu queria que você viesse.

I hope tonight
You will touch my hair
And draw ghosts on my back


eu queria que você aparecesse hoje. é, eu queria que aparecesse e que me trouxesse um morango. caso não esteja na época de morangos, traz um jambo, que eu sei estar na época de jambo porque hoje eu vi umonte estragado no chão. eu queria, também, que você colocasse uma estrelinha nova no meu céu artificial e fizesse cócegas em mim até eu ficar com dor de barriga de tanto rir. eu tenho gostado bastante de rir, mas ia ser melhor se você estivesse aqui, causando o riso. porque, sabe, vou contar um segredo, eu até esqueço de rir, quando você não está. não, não é por tristeza não, nada disso, é só que. se você aparecesse aqui e agora eu acho que suspirava mais alto que todos os suspiros do Eric juntos. e o Eric suspira mesmo alto. eu acho que faria coroas de flores que eu ia danar a colher pelos jardins dos meus vizinhos, correndo o risco de me pegarem e me expulsarem pra sempre desse mundo vazio, mas tão vazio quando você não está. eu até cantaria au revoir simone amorzinho pra você. fazendo vozinha de choro quando ela diz 'play me a sad song, cause that's what i wanna hear'. eu gosto mesmo de músicas tristes. se você vier, eu prometo que faço bolinhos tão mas tão lindos quantos os da charlie. eu escrevo poeminhas tão bonitos e doces e tristes quanto os da nina-nina little star. e você sabe o quanto eu gosto dos poeminhas dela. e eu sei que nunca conseguiria fazer igual, porque a nina tem dedinhos de açúcar e pensamentos sabor tutti-frutti. então, você vem? vem, por favor. eu até pinto um mapa na minha barriga e digo que ali, no meu umbigo, marcado com um 'x' vermelho é que você tem que morar. e comigo. eu faço uma dancinha bonitinha de papai noel do shopping iguatemi, pra ver o teu sorriso bonito. eu acho o teu sorriso muito bonito mesmo, sabia? aparece, vai, aparece e me diz que os sonhos são só sonhos e que palavras de amor velho não podem ser usadas com amor novo porque machuca. machuca mesmo, viu? mas não tem problema não, eu já passei por isso. então vem, vem que eu te faço uma maquiagem bem colorida assim com as minhas sombras bem coloridas assim. e salpico purpurina no teu cabelo pra eu achar que tem milhões de vagalumes nele. eu tenho medo de insetos, mas acho vagalumes lindos. acho que se eu fosse um vagalume, não ia parar de bilhar, quando você viesse aqui. você deixava eu ser um vagalume que não pára de brilhar quando tá perto de você, só pra você desse jeito? você você você. acho 'você' mais bonito e 'tu' mais poético. agora não me pergunta a diferença entre bonito e poético que, pra mim, não há. mas eu sei que você não vai perguntar porque o silêncio é mais bonito, como observar um avião em câmara lenta. e esperar que ele exploda, claro. porque não tem semáforo no céu, não tem.

então, por isso e mais milhões de coisas que eu fico meio coisa de dizer, eu queria que você viesse. mesmo que não trouxesse morango nem jambo. eu queria que você viesse.





[eu escolheria você, pra voar comigo.]

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

eu vou escrever um texto lindo hoje.
mas só mais tarde, agora tenho de sair.

domingo, 20 de janeiro de 2008


would you come and visit me?
maybe you should miss your train
by mistake not mistaken
and knock on my door
when it starts to rain.
with my blue umbrella
i'd make you come in.
i'd make us coffee
or maybe,
you'd prefer a cup of tea
i'd tell you of how i've grown
a better human being
and you'd tell me
'remember when you said
you were a human bean?'
and we'll both laugh
or maybe only me
because i never said that
even though i thought of it
but was too ashamed
of telling you
such a silly thing.
i'd ask you
to sit next to me
on my couch that is so old
but so cozy.
it's black and blue and red
black, because of you scarf
blue, because of the sea
and red, because of the love.
so, wont you
wont you come and visit me?
i promise i wont do anything at all
i'll just listen you say
all the words i couldnt listen
when we talked
by the phone.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008


eu tenho medo de dormir,
por isso fico acordada
conto as estrelas do meu teto
e bocejo pro nada.
cheia de alguma coisa ruim
sopro pra longe qualquer suspiro
hoje dói porque é preciso
e não tenho vontade
de fazer parar.
as folhas lá fora caem
e eu aqui,
sem conseguir dormir,
suspensa na minha própria árvore,
querendo cair.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

EU TE ODEIO.

domingo, 6 de janeiro de 2008

eu (espaço) nada.


eu quero escrever em prosa
todo o sabor que me cobre o pensamento
espalhar pelas ruas das palavras
as despedidas dos versos

em cada vão momento
que me fecharem os olhos
com a mão da solidão
e eu derramar
sem medo, com pavor
os segredos do coração,
perdoa-me.

e os pianos dançam
na sua melodia de dor
e eu queria mesmo
era a tua mão
ou as flores murchas
de uma primavera
que inventei
pra ver teu jardim mais bonito.

eu, que tenho um colo de flores
esqueço de as regar
e a chuva que procuro
cai como gelo na pele
que não esquenta
não foge
só lembra.
e eu,
eu tento esquecer.

enquanto as folhas caem
junto dos trovões
e a tempestade
embala a minha rede,
costuro futuros com os dedos e fios de cabelo
que me caem até o chão
que ninguém pisa.

então, voa
voa com as asas de ontem
que o hoje não presta
e o amanhã
não existe.