quarta-feira, 11 de junho de 2008

bom dia.


sou eu rastejando feito cobra-música no rádio que só existe na tua cabeça. e tu és aquela música que eu quero ouvir. manhãs sendo descobertas com um nome sendo gritado na boca das crianças : não é o meu. o medo de que o dia chegue e eu esteja parada sem uma flor na mão. eu sempre tenho um ramalhete. os dedos atrapalhados e tremendo como formigas afogadas em água com açúcar: não se acalmam. tu és o último suspiro e sempre o meu mesmo pedido. páginas marcadas com sentimentos de que. preciso achar um bolso pra me esconder. talvez amanhã não seja tão rápido e haja mais tempo para as nuvens caírem e beijarem os machucados, tão doce tão doce. como passarinhos cantando em bemol. tayná, tu tens de ensinar a vida a andar. claro, mas antes eu tenho que aprender a não cair quando tu falares meu nome.

3 comentários:

Bárbara M.P. disse...

Fúria e doçura.
Ótimas matérias-primas - mas precisa ter mão certa para dosá-las.

E é por isso que acho tão bom vir te visitar...


Beijos, querida.

ana disse...

tu não conjugas o lhe amo para você mesma de ti.


(agora você faz parte do meu dois pontos bárra bárra)

Tatiani disse...

Cerejeiras, tão doces.
E porque até no teu silêncio entendo? Eis o mistério.

(não sabia, mas pensamos em coisas quase parecidas no amanhã)