quando eu era criança, eu gostava de abrir os braços e girar. no começo, eu sempre caía, porque eu ainda não sabia direito como fazia. então, eu girava por um tempinho e poft, caía. depois, fui analisando as coisas e percebi: tinha que me concentrar num ponto só enquanto girava. se não fizesse isso, ficaria deveras tonta, caíria e ainda teria um enjôo horroroso que levava à vômitos, vezenquando. então passei a focar nos meus pés. não deu muito certo. daí, tentei focar no céu, funcionou como uma maravilha. acho, até, que foi aí que comecei a gostar tanto de nuvens. era como se quando eu girasse, eu fosse um liqüidificador e elas estivessem sendo liqüidificadas dentro de mim. eram minhas por aquele momento, as nuvens. e desde que aprendi a focar num ponto enquanto eu giro, nunca mais caí. então eu penso: se a vida fosse uma brincadeira de girar, você seria o ponto pra onde eu olharia.
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Um comentário:
Isso é um ponto
Um conto
No começo
Tonto
Do avesso
Tonta
Mas de pouca monta
Faz de conta
E aponta
Você dá conta
E eu dou um desconto
Nenhum afronto
Só bombas aéreas...
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