sábado, 31 de maio de 2008

se eu acender e soprar a mesma vela vezes sem conta até ela derreter todinha, é maior a probabilidade do desejo se realizar? (mesmo que não seja meu aniversário e não tenha bolo nem nada)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

e tudo que ela fizesse, seria assim: como se ela tivesse nascido pra fazer aquilo, e cometesse o ato da melhor maneira.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

thinking about you.


i love you, i have your toothmarks on my bones. your voice ringing on my ears saying you just woke up and you've got to go you've got to go because tomorrow will come and you haven't washed your hair yet. but your hair smells so good from here, honey. and my eyes, they won't close. so, late at night, i get up and start walking around the house. the dogs are laughing at me. are you laughing at me too, love? i wish i could laugh just like you do. your smile is so beautiful it makes me cry. i know you can't sleep, so why don't you call? i'm still awake. i'm always awake, for you. so i'll go outside. i need some wind kissing my hair. and i see you. i follow you everywhere. you look over your shoulder and see me looking at your feet. i wish i was your feet so you could lie your weight on me. i know you've been so tired. and that's why i just love looking at them. you are so shinny, like if your mother put a little neon flower on your head everytime you got out of home, when you were a child. then you got used to it and now you do it yourself. and your voice reminds me of all the lies i told to myself for so long and now have become trash. cause you are the truth. just like 2+2 is 4 and just like i'm always thinking about you. they can be better than me, but i dont care, i know you love me. i had this funny dream, you were jumping and saying 'come on see the stars in the ground they're screaming your name so please hold my hand forever i plead' . i did, so you fell down on the ground with the stars and said you were the moon and from now on i had to to my best to become a star but that it wouldn't be so hard since i was already so white and shinny. so i woke up crying cause i know i'm not so white and shinny but i so very am a star, if you are the moon.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

se eu soubesse nomear o perfume do amor, eu diria que és tu.
e vice-versa.


" Quando vir sua flor, não deixe que nada se interponha em seu caminho."

o melhor seriado, e tenho dito.




Pushing Daisies.

terça-feira, 27 de maio de 2008

ponto fixo.

quando eu era criança, eu gostava de abrir os braços e girar. no começo, eu sempre caía, porque eu ainda não sabia direito como fazia. então, eu girava por um tempinho e poft, caía. depois, fui analisando as coisas e percebi: tinha que me concentrar num ponto só enquanto girava. se não fizesse isso, ficaria deveras tonta, caíria e ainda teria um enjôo horroroso que levava à vômitos, vezenquando. então passei a focar nos meus pés. não deu muito certo. daí, tentei focar no céu, funcionou como uma maravilha. acho, até, que foi aí que comecei a gostar tanto de nuvens. era como se quando eu girasse, eu fosse um liqüidificador e elas estivessem sendo liqüidificadas dentro de mim. eram minhas por aquele momento, as nuvens. e desde que aprendi a focar num ponto enquanto eu giro, nunca mais caí. então eu penso: se a vida fosse uma brincadeira de girar, você seria o ponto pra onde eu olharia.

segunda-feira, 26 de maio de 2008



passarinhos ou uma mulher?

sábado, 24 de maio de 2008

homesick.


as minhas mãos abrindo uma folha de caderno que contém o pedaço de vida que eu levo nos pés. eu não tenho nada a dizer a não ser que eu queria ser vento hoje e entrar em um lugar pra bagunçar os cabelos das pessoas e mexer nas coisas arrumadas. porque eu sacudo o que é estático só de olhar, meu amor. não que seja bom, nem é. eu só o faço porque não sei fazer mais nada. flores murchando e outras brotando. o que eu posso dizer? não é minha culpa. meu excesso de sono é tudo aquilo que ninguém sabe. é tudo aquilo que outrora eu fui. é tudo aquilo que eu quero ser. e só tô cantando hoje porque a música acabou. me diz o que pensas que eu ganho uma moeda. compro montanha e as movo por mim mesma, não por fé. não vou fazer nada que te desgaste o coração. deixa o meu quieto aqui dançando em uma caixa que não é de música e nem tem bailarinas de vidro. é uma caixa rasgada e muito feliz por ser uma caixa rasgada. eu não vou aceitar que a página seja arrancada sem que eu colha a lágrima que cai do botão de rosa. botão de rosa não tem casa, isso sim é triste.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

i'm a jailbird to your music.


eu posso abrir os olhos e falar bem alto. eu não costumo, mas eu posso. na verdade, eu falo baixo e com os olhos meio cansados. eu me sinto mais leve, assim. natural. eu não sei cantar nem dançar certo, sei fazer tudo torto. tenho palavras nos meus bolsos rasgados e elas vão caindo pelo chão da tua rua. pisas e com isso, brotam luzes e flores e criaturas lindas. daí surgem os encontros de terceiro grau. pensar que tenho algo pra fazer mesmo quando eu não tenho, é uma vitória. eu queria mesmo era que os dedos não tremessem tanto. e que os dentes não quisessem brincar de pular. ficam pulando e se batendo fazendo crec-crec-crec, sabe? é bonitinho, mas as pessoas não gostam. ficar olhando pro nada é desenhar a vida no vento. perigoso perigoso. mas ainda assim muito bom. a maioria das coisas são assim, né? soltam faísca. mas pelo menos a gente a prende a não se queimar. ou se queima de vez, quem sabe. por isso eu tenho marcas e as cicatrizes são as formas mais bonitas de se dizer vivo. folhas que caem da árvore da minha cabeça, passeando na vida que não é minha e caem no chão que é do mundo. e o céu? o céu é teu. olha lá pro fim, o finzinho mesmo. tudinho tem teu nome escrito. não consegues ver? então olha pra mim. viu agora?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

pedido, grito e nuvens.



[pequenas luas nos meus olhos, eu queria. eu não dormiria nunca, porque teria tanta tanta luz! mas é porque a noite chega e as luzinhas do meu quarto se apagam e não dá medo, mas bate uma dorzinha no peito e eu muito queria que algo pra iluminar, viesse de mim. de mim mesmo, sabe? não do pedaço que eu te dei. porque uma vez que eu te dei, já não é mais meu, certo? e eu mando uma parte minha triturada, feito purpurina. e brilhante assim, também. quero que me salpiques por tudo e diga que eu brilho. diz que de alguma forma eu brilho, vai.]


mão cansada, é minha. não sou mais o sorriso que aquela criança carregava no bolso. talvez tenha furado. mas eu adoro caixas rasgadas. daquelas que a gente guarda coisas tão, mas tão raras que fica pesado. coração, sabe? pois é. eu não sou chuva. estátua de sal. derrete e não colhes. como dar nó n'água? é só me pedires. mas no mundo de perguntas internas eu guardo um vento. vento que grita, mas não dá medo, não. se eu comprar uma flor? mas eu não tenho dinheiro pra flores. porque eu acho que flores valem tão mais do que vendem por aí. não compro. vou ganhar um jardim. planto flores e colho uma pra ti. as flores mortas são tão tristes. mas você é daquelas que só morrem pra nascerem mais bonitas na próxima vez. amores coloridos no vento, ele me conta. porque nós amamos o vento assim? talvez porque ele seja tão transparente e quieto. mas até o vento se revolta, às vezes. eu coloria. não seria fácil, mas eu coloria.


[grito]


soco no ventre

oco, o dente

quente, o outro

e eu fria

aos 40 graus.


então eu te plantei no meu jardim. nasceram flores carnívoras. dou pedacinhos de mim, à elas, todos os dias. não sei se você gosta disso, mas é tudo que eu tenho. queria não gostar de carne e não forçaria nada. mesmo gostando. então, tá certo, você me aparesse cantando piano. como canta piano, amor? me ensina? eu só sei cantar silêncio, amor. ao menos pela boca. são as minhas mãos que cantam a canção de vida de olhos abertos. que não são lua, não são.



[as nuvens]


nuvens rosa de fim de tarde colhendo com mãos de aconchego o sono que não tenho durante a noite. elas levam e chovem pra ti. não tens sono porque levaram embora com sorrisos feios feios. eu sei que o meu é mais bonito e te faria dormir. corro pra tua casa agora, tá? te digo que as nuvens me mandaram, com uma mensagem no céu e você vai ter que me deixar ficar lá. fugida do mundo cheio de mães e responsabilidades e medos. eu quero me esconder no teu umbigo e de lá, olhar as nuvens mais bonitas.


quarta-feira, 14 de maio de 2008

i wanted to be so perfect, you see.

sábado, 10 de maio de 2008

as flores de plástico não morrem, já disse alguém que eu não lembro.
mas eu só tenho as de papel,
e elas pegam fogo.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

meus dois olhos abertos no escuro e shhhh:





você brilha.









[não tenho mais tanto medo.]

quinta-feira, 8 de maio de 2008

não sei nomear.


o que é algo 'não sei nomear'? bem, vou explicar. eu descobri, recentemente, isso de 'não sei nomear'. foi pensando: ah, eu gosto de sorriso de criança, eu amo balões e eu '...' sentir saudades. faltou uma palavra pra descrever. é além de gostar e amar. além de todas as palavra exaltantes existentes. procurei no dicionário e ele falhou, pela primeira vez. nem eu nem vocês saberiam nomear um sentimento que é maior que palavras, maior que sorriso, maior que coração, maior que alma. acho que um sentimento 'não sei nomear' é que é um sentimento de verdade. ele não se esconde em nomes. ele não é diminuído e banalizado. só que nem todas as pessoas podem sentir algo 'não sei nomear'. é raro, entende? por isso eu nunca tinha pensado nisso. porque não acontece em todos os mares nem céus. algo como isso só vem pra quem aprende a voar e tem mil sorrisos na barriga, no lugar de borboletas. mesmo que às vezes doa doa doa como farpa de madeira no dedo. caco de vidro no pé. cisco no olho.

e eu estou bem 'não sei nomear'.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

não sei escrever.


a gente se levanta. ok, a gente se levanta. mas é tão rápido que a vista escurece e ficamos tontas. o pé formiga. daí dá o medo. a gente senta de novo. eu entendo, mas não gosto. pra quê sentar de novo se já tá de pé? eu não me sustento no ar, preciso da mão ali. na minha, segurando a minha "alma". não é confortável? um pouco, tem o nervosismo. e eu me pego roendo as unhas até sangrar. do meu cabelo cai a faixa. de trânsito eu não entendo, você sim. então eu corro e você anda. não não, o contrário. direções opostas? não sei. eu pintaria o mundo todo com a tua cor. esbanjaria sorrisos e você ficaria feliz e me acharia super saudável e tudo. ótimo. mas eu não sei qual é a tua cor. talvez sejas um arco-íris mais desenvolvido. e não tenho essa cor no meu estojo. então eu só imagino. imaginar é perigoso. mas hoje em dia, o que não o é? um dia de manhã pra não ser o dia inteiro, sabe? eu queria ver os vidros quebrando e te levar numa roda gigante. não ias ter medo. eu sim, talvez. passarinhos são delicados assim, eu não. sou a madeira do teu chão, a pedra do teu asfalto. e faço desenhos nas nuvens. pode olhar. vê! vê! eu fujo de mim. tá tudo bem, mas tá preso. o bicho aqui dentro de mim rosna e eu morro de medo. impulsividade não é bonito não, mas sou eu. deculpa. 'vou comer só um biscoito' e quando a gente vê, já comeu o pacote todo.

sábado, 3 de maio de 2008

girassol.



esperando chegar, eu deito aqui no sofá de casa e esse calor que eu finjo ser tu me deixa desesperada. fico de cabeça pra baixo, ligo o ventilador. sobra tanta falta que eu nem sei dizer. ai, ai, ai, ai. porque isso? colorir o vento e sorrir pro mundo. meu deus, eu que nem era, agora sou. por ela. ansiedade. fome, me alimenta. nem milagre, nem mil lágrimas. sorrisos bobos, veja você. eu sei que ela conhece tudo, eu sei. e eu sei que entendo os muros desabando dentro dela. não tenha medo, te faço uma coroa de margaridas.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

sonho, nada.



i'm not sure that i'm right, but i hope you understand.

ouve, tayná, ouve. mas eu não quero nem tocar a minha pele, não. dói o vento. esse vento que conta tanta coisa, ele dói, sabias? colorir o ar é fácil, é só abrires a boca. então me fecha os olhos que eu não consigo mais dormir. me roubam os sonhos, me roubam as palavras e eu começo a ser só escrita. só papel. divorcio o meu peito do teu e eu não sou jesus, não sou. e sabes que corro, corro. te afoguei dentro de mim. já nem podes sair, sair já nem podes. eu solto a linha. eu escrevo uma linha. eu custuro uma linha. eu sigo a linha. eu não sei de nada, eu nunca soube. eu ainda nem nasci! ainda estou guardada no ventre de alguém (o teu?). nunca me venha a parir. não. quero morrer sem ter nascido. quero morrer engolindo o que vem de ti. quero.