domingo, 16 de dezembro de 2007
no fim do dia.
eu acho que no fim do dia
o que sobra mesmo
é o sono
porque a lua tem um veneno
que insiste em fechar-me os olhos.
mas eu não quero dormir.
não, mãe, eu não quero.
os sonhos são pesadelos
e tão bonitos quanto a lua
que dança no riacho
que aqui perto de mim
não existe.
então tapem o sol
com os dedos que lhes restam
mas não deixem-me dormir
não com a lua dançando tão bonita
por seu amor platônico
pelas estrelas.
e uma me cai do céu da boca
quente como fogo
queima tudo por dentro.
enquanto eu,
meu amor,
sou da tua vida,
um mero esboço.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
-
▼
2007
(15)
-
▼
dezembro
(12)
- tu és uma daquelas flores, tens de resistir à neve.
- atualmente, em mim, dor maior que essa não existe.
- this one is for you.
- no fim do dia.
- férias de mim.
- o mundo.
- céus, eu preciso da psicóloga.
- odeio odeio odeio odeio odeio odeio odeio odeio od...
- Cortázar corazón.
- aluga-se uma alma.
- desabafo sem métrica I
- promete.
-
▼
dezembro
(12)
3 comentários:
Esboço
Pra guardar no bolso
Esquerdo
Sobre o peito
Bem sabes
Sou afeito
Ou melhor, sou viciado
No seu joelho dobrado
Na lua
Quando resolves ofuscá-la
Ganho a rua
Mas por lá não há nada que valha
Ficar contigo pela sala
E torcer uns versos
Para sorver o sumo
E te usar como adoçante
Para dares às parcas letras
Seu gosto inebriante
Na terra onde és esboço
Ainda sou moço
E não mais existe arte-final...
e fez-se silêncio...
if you need me to take the cancer.
and inject it into my veins.
cancer.
you are my dying father.
i miss you like my grandfather's death. i never had a chance to say goodbye. rest your talons on a highwire.
resting your neck against my wing.
my own unwedded self-destruction seems so comforting.
mostly at these times.
when are you coming home.
Postar um comentário