quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
this one is for you.
eu planejei meu suicídio
de modo que nunca vou falar
guardei num papel,
o plano escrito.
onde só aqueles dois olhos
onde pintada eu fui
e os meus, agora fechados
lerão.
porque meus olhos estão fechados assim?
me responde.
mas o silêncio é tão amplo
e se esconde
nos lugares explícitos
de mim.
eu preciso saber porque.
porque dói.
porque fere.
porque fala.
porque segue.
e eu sigo, não vê?
sem motivo,
com razão.
ai, amor
me diz
porque?
então, as coisas simples
me fazem chorar.
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2 comentários:
And for you too...
Ouvi falar de um plano
De modo a não ser dito
Guardado num escrito
O tal plano de suicídio
Feito para olhos idos
E repousando na escuridão dos cerrados
Para não ser lido
Respostas tantas tenho
Mas não é por isso que venho
Venço o silêncio
Escondido nos recôndidos de suas vontades
Pois és explicita
Nos intertícios mais sinuosos
Das crateras metóricas
Que assomam após sua passagem
Embora você já saiba
Que coisa assim em definição alguma caiba
Porque pra que
Se o que você não vê
É que reminiscências
Não são pendências
Mas indiossincrasias inevitáveis
Das vicissitudes insulares
Quando colidem em catarses apoteóticas
Vão deixando na relva
Migalhas
Tracejados
Liga os pontos
Pontos nodais
Para serem lidos e representados
Conforme os guardados
Conforme as simplicidades
As necessidades
As vaidades
Mas se ainda assim chorares
Deixe rastros de lágrimas
Como rios que correm para os mares
Que o mar virará sertão
E o sertão se fará mar
Ah, mar...
É forte.
E nunca as emoções são tão reais como então.
E dizem que isto, nem sequer é uma coisa. Mas, vamos caminhando pela estrada.
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