segunda-feira, 3 de março de 2008


um sorriso no canto dos lábios? a flor murcha de dor dor dor. sobre os canteiros da alegria da casa ao lado, a consciência cai nos lábios e corta, não posso mais sorrir. que se vá com as nuvens, o anjo. mesmo que se vá com o médico, os órgãos. quem disse que não se opera a alma? quem disse que não se vai sem dizer adeus? eu esperava mais como esperava-se mais das flores no inverno. mas elas morrem com o peso da neve. essa neve branca. branca ou negra? eu esperava que o vento trouxesse algo diferente do frio nessa cidade quente. eu esperava mas eu não podia esperar porque eu estraguei as uvas com os meus pés descalços. eu não faço vinho bom. a flor despetalada, entrelaçada no caos. a morte da flor, saiu no jornal. as minhas raízes corroídas pelo que deixou cair do ontem. eu mereci o desaparecimento do amor na floresta. quem salvará o mundo do desvanecimento? eu desfaleço. eu caio. eu me arrasto e abro a a porta com os dentes. não tem nada. e o vazio do outro lado me espera. porque foi sempre o vazio quando não foi mais. she loves me, she loves me not. as flores morrem pra saber do amor. e a gente sempre dá um jeito, de nos amarem no final.

3 comentários:

Rasvanderson disse...

Muitaaa ondaaaa vcs guriiaaaa ;)
guria de atitude!

bjus

poeta quebrado disse...

eu odeio quando acordo desse jeito.

me manda num potinho, o líquido da estrela pra eu tomar?
dá uma impressão de que vai me iluminar por dentro, ou matar.

as duas opções são válidas e desejáveis.

Lilian Gouveia disse...

Bons vinhos são feitos com pés descalços. Acredito que o vinho que produz deva ter sabor interessante, assim como o sabor de suas palavras.

sw