segunda-feira, 9 de junho de 2008

linha vermelha com você escrita em cima.


como passear os dedos pelo vazio de uma barriga faminta: por dentro. você sente a fome lhe morder os dedos. saltando do universo pra fora de si, ela sentia que a vida começava a brincar de suicida. aconchegando as mãos dentro do umbigo do sol. não me deixe levar com o soprar do vento. eu gosto de que as pernas se percam na confusão das ruas e você saiba qual é a minha. pela cor. pelas marcas. mesmo que você não saiba, eu gosto de pensar que. laranja não me cai bem, você salta pra dentro de mim. você é todas as cores que eu não aprendi a nomear, só reconhecer. porque eu te reconheci, quando te vi. eu achei um pedaço de papel com uma linha vermelha e prometi que seria o meu horizonte. escrevi teu nome nela. você é o meu horizonte vermelho, com sol se pondo e noite nascendo. eu te sinto nascer todos os dias. e você ainda germina em mim. vou dormir ao som do teu bocejo pra acordar à batida do teu coração.

4 comentários:

L disse...

eu so n sou simpatica com pessoa idiotas,vc n me parece ser idiota!=)

Salve Jorge disse...

E lá vai o horizonte
Rodando
Trás do monte
Ando
Ou voando
Pois não me conte
Onde se esconde
Que achar não tem graça
Tá tudo nela
E a tua janela
Sempre tão singela
Fica bem laranja
Assim como fica bem de franja
Mas eu sei que vermelho é sua língua coçando o céu
Branco
Daí que sento nesse banco
E fico pitando esse mato
Eu mato
Eu morro
Mas não te perco indo pro horizonte...

Tatiani disse...

Gostei do seu blog, aliás:
Silêncio será só a falta do que falar?
(a propósito, amo o silêncio)!

ana disse...

silêncioeprogresso,

como já escreveram.