quarta-feira, 11 de junho de 2008

um dia desses eu me caso com você.


qualquer dia eu levanto da minha cama, visto a primeira roupa preta que me vier na frente, arranco flores da casa do Sr. Romário - aquelas amarelas e as roxas bem pálidas assim, que ficam nos cachos de baixo- pego uma carona com alguém que esteja passando, na minha placa que vai dizer 'para a minha futura mulher' e uma seta. até chegar a porta da tua casa, com o coração cantado a marcha nupcial, todo agoniado, bater três vezes na porta pra dar sorte, me ajoelhar e pedir por-favor-claro-que-sim que sejas tu quem abra a porta, porque eu já vou tá lá ajoelhada e tudo e seria muito vergonhoso se fosse a tua mãe, por exemplo. e se fosses mesmo tu, eu puxaria uma bíblia, daquelas de bolso, minúsculas assim, e uma gravação de um padre consumando um casamento que eu gravei de um filme mesmo muito bonito. mas antes, aí vai o pedido:



eu tô aqui, amor, pra dizer que a minha vida tem um sol e um lugar pra ele, que é em toda e qualquer parte que faça a luz chegar em mim. eu quero que tu saibas que eu vou me fechar e dizer que sou fotofóbica, mas tu tens que chegar devagarzinho e ir tocando a minha pele com a ponta dos dedos, deixando pontinhos de luz por todo meu corpo, até cobrir tudo e dizer 'tá vendo? você é luz também, girassol' só pra eu responder que não, eu só giro porque sou girassol e você ponto fixo. sol. então vem comigo nessa estrada comprida. te carrego vezenquando, pode deixar.






i mean it.

2 comentários:

Bárbara M.P. disse...

Ai que delícia de texto menina!

Seria um prazer tê-la linkada lá no Cartas, eu poderia?

Um beijo,
Bárbara

O Profeta disse...

Sou!? Serei apenas um desalinhado?
Pensador fugitivo ao agreste sonho
Uma pedra pensante no meio da ilha
Meio Homem, meio Arcanjo, um ser bisonho


Convido-te a navegares esta vaga de sentires


Bom fim de semana


Mágico beijo